13 de novembro de 2008

A arte de informar

O jornalista Ricardo Noblat, em seu livro "A arte de fazer um jornal diário", afirma que o jornal não serve somente para informar, é um serviço público onde o leitor possa entender a verdade das notícias, fortalecendo sua democracia. Aborda queixas dos leitores de jornais impressos como: formato, abordagens e valores desse meio de comunicação.
O autor informa que os veículos jornalísticos impressos poderão acabar num futuro próximo, por manterem uma tradição e por não acompanharem as necessidades de seus leitores. Essas empresas preocupam-se com o avanço tecnológico dos equipamentos e não qualificam seus profissionais, os jornalistas. Esses profissionais são contratados cada vez mais jovens e inexperientes e, não fosse sua má remuneração, são sobrecarregados de responsabilidades e exaustivas jornadas de trabalho. Classifica quatro deveres dos jornalistas: a verdade, a independência, o partido pelos cidadãos e sua própria consciência. Porém, sabe que assim como não existe verdade absoluta, a notícia e espetáculo público se confundem, empregam técnicas de show para construir uma “falsa” realidade, garantindo audiência e vendagem de quem informa.
Citando vários fatos jornalísticos, Noblat enfatiza a ética da profissão e a apuração das informações em se noticiar um fato. Entre vários palpites para executar a arte de escrever um jornal diário, o livro não é somente uma obra literária, é um manual para que os jornalistas reflitam sobre a profissão escolhida e o futuro do jornalismo.

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