30 de novembro de 2009

O papel que sobrevive a era virtual

Jornais, revistas, figurinhas e caça-palavras ainda são vendidas nas tradicionais bancas de jornal. Mas esse comércio, hoje, compete com a praticidade da internet.
Desde a década de 90 o mundo passa por uma revolução de conceitos e hábitos. Com a chegada da internet, a era virtual está presente em todos os segmentos, principalmente no informativo.

Segundo Lucas Domiciano, da assessoria do SINDJORSP – sindicato dos vendedores de jornais e revistas de São Paulo, a capital tem aproximadamente 15 mil bancas de jornal, muitas mantidas há mais de cem anos no mesmo local. Porém, o número de bancas vem diminuindo desde 1997. O sindicato acredita que 20% delas foram fechadas devido a concorrência de supermercados, postos de gasolina, fácil acesso pela internet e assinaturas domiciliares.




Diferente do que muitos pensavam a internet, que é vista como maior concorrente dos jornaleiros, pode ser uma aliada na divulgação de matérias e reportagens que são mais extensas nos impressos vendidos nas bancas.




O jornaleiro Maurício Alves Nunes, de 47 anos, não se incomoda mais com a era virtual, “já me preocupei muito com a concorrência da internet, pensei até que teria que mudar de emprego após 17 anos de experiência”, diz o dono de uma banca de jornal localizada há duas quadras do Mercado Municipal e da famosa Rua 25 de Março.


Nunes, como dezenas de jornaleiros, precisou adaptar e expandir seu comércio, que antes vendia apenas publicações de revistas, jornais, gibis, etc. Hoje, ele vende doces, refrigerante, cigarro e, o que considera matéria prima essencial para sobreviver no mercado, sua simpatia. “Aqui na região vem turistas que adoram comprar guias e cartões postais da cidade e tem também os trabalhadores da região que não tem acesso à internet, e esses ainda são fiéis fregueses”, conta o jornaleiro.




Para Nunes, o hábito de ler um impresso não mudará, pois muitos leitores aproveitam o tempo que estão indo trabalhar ou voltando pra casa para exercitar a leitura, e a internet não está presente nesses locais.

Mas para Ricardo Bossier Cofre, de 59 anos, que era analista de sistemas e comprou, há três meses, uma banca que fica entre as ruas Oscar Freire e Amália de Noronha, esse tipo de comércio está com os dias contados, “as pessoas não compram mais as revistas e jornais, além da internet que prejudica a venda, existe as assinaturas, que as pessoas recebem seus jornais em casa”, diz o recém jornaleiro, que já pensa em vender o ponto.


Cofre afirma que bancas de jornal não dão lucro e que só existem tantas pela cidade por não haver burocracias para abrir esse tipo de comércio e por não ter tantos impostos à pagar. “A essência da leitura terminou com chegada da internet, hoje, a tendência é virarmos um comércio alternativo, vendendo doces e sorvetes”, diz.




Engana-se que tal hábito é perpetuado pelos mais velhos. A estudante de administração, Gisele Molina, de 23 anos, afirma que não tem tanto tempo de ler, mas quando o faz prefere o impresso. “Para mim, a banca de jornal é o sinônimo indireto de cultura e isso não pode acabar. A internet tem seu lado prático, mas distancia as ações humanas. Folhear uma revista é prazeroso, uma terapia”, conta a estudante.


A vendedora interna, Marizete Rodrigues da Silva, de 40 anos, comenta que os dois serviços são fundamentais, lê matérias na internet e também adquiri os impressos. “A revista eu leio em qualquer lugar, o computador não posso carregar pra lá e pra cá, mas não posso deixar de dar créditos à internet, acredito que antes dela a população era mal informada, dependendo da TV e jornal que ocultavam muita coisa”, diz Marizete.

Para a aposentada, Silvana Fava, de 55 anos, que lê as notícias em portais informativos e mesmo assim não abre mão da assinatura mensal do jornal, as bancas de jornal são ricas em revistas e faz o leitor se interessar por diversos outros assuntos que não tinham pensado antes. E completa, “a sociedade antes da internet era ótima, as pessoas eram mais delicadas e não ficavam com a cara na tela do computador. As informações vinham mais devagar e tínhamos tempo para pensar e tomar decisões, consequentemente tínhamos mais tempo pra viver”.

7 de novembro de 2009

Uma caixinha de palavras

 Que sonho é esse, de escrever e disseminar uma imensidão de informações e conhecimentos para pessoas que eu nem conheço?

Lembro-me de sonhálo desde a infância, onde conversando com minhas Barbies e ursinhos eu distribuia conhecimento para aqueles brinquedos que não falavam, mas me ouviam (tenho certeza disso!). E ali, nas minhas horas de diversões, eu já reproduzia a essência do jornalismo, de printar a realidade do meu mundo.

Em outros momentos o jornalismo me levava à outras realidades. Em poucos minutos (ou segundos) eu viajava de uma sociedade a outra, da violência carioca às passarelas italianas, das fofocas dos artistas ao congresso nacional, das pistas de Imola aos números da mega-sena. E tudo aquilo era notícia, muitas apresentadas com lágrimas, outras com sorrisos, outras apenas o futebol do dia-a-dia. Confesso que essas últimas me irritavam um pouco.
E tinham também as estações de rádio que invadiam meu café da manhã e me transportavam para o trânsito, que certamente meus pais estavam parados, tentando chegar aos respectivos trabalhos. E não posso esquecer do locutor que insistia no "Bom dia gente" que até arrancava um sorriso tímido da avó que preparava o meu café com leite na cozinha.
Meu Deus, não posso esquecer daqueles imensos jornais que insistiam em ficar em pé no colo do meu avô. E me perguntava como é que aquele velhinho, sem estudos, lia tudo e entendia todas aquelas informações. E de brinde ainda vinha com o joguinho de palavras cruzadas que meu querido vozinho, o Sr. Juvenal, se deliciava.

Que magia é essa que faz todos, sem discriminação social, cultural, economica, entender todas as notícias?
Naquela época (na minha imaginação) o jornalismo na TV, na rádio e no jornal era feito por anões da Fantástica Fábrica de Chocolate, só que ao invés dos doces, brincavam e jogavam letrinhas ao ar e nós pegávamos cada uma delas e interpretavamos a notícia.
E aqui estou eu, aos 31 anos, me deliciando com essa nostalgia e percebendo que a essência do jornalismo está na receptividade de cada leitor, de cada telespectador, de cada criança ou velhinho. Tudo bem, não nego que ele vai além da ingenuidade infantil daquela menina que brincava de Barbie, mas o princípio desta profissão ainda não me foi corrompido (e nem vai).
A caixinha de letrinhas existe, as letras estão lá, ainda que manipuladas, só poderão ser vista para os que querem enxergar.

2 de novembro de 2009

Transporte aéreo para todas as classes sociais

Hoje, na feira das Américas de Turismo, na cidade do Rio de Janeiro, a companhia aérea Oceain Air informoua compra de mais quatro airbus, aumentando a oferta dos voos mais procurados, como Rio-São Paulo.
Já a Webjet, de olhos nos passageiros de classe C e D, lançou o programa Vai Voando que oferece serviços com opção de pagaemnto dos bilhetes entre 3 e 12 parcelas sem comprovação de crédito.

A companhia Azul anunciou que a partir de dezembro irá ampliar sua rotas nacionais, incluindo Natal e Florianópolis, a empresa oferece opções de pagamento em até 10 vezes sem juros e passagens com valores diferenciados dos concorrentes.
A Feira das Américas acontece anualmente e tem como objetivo incentivar a venda de destinos turísticos nacionais com o apoio dos Estados e do Governo Federal, moblizando as agências de turismo, hotelaria e companhias aéreas à oferecer mais serviços e melhor valor final ao cliente.
texto para a Radio FiamFaam